escultura rosto G - luiz benicio

No Vale do Catimbau, onde o sertão pernambucano se encontra com a riqueza cultural dos sítios arqueológicos e suas pinturas rupestres, dentro de um cenário árido e aparentemente escasso onde troncos e pedaços disformes de madeira morta se insinuam ao mestre artesão Luiz Carlos da Silva, a madeira ganha vida! Conhecido por Luíz Benício, ele se esquiva da obviedade figurativa. Autodidata, seu trabalho é marcado por uma rusticidade evidente, de traços fortes e expressivos que espelham a aridez rochosa do entorno e da vida que trilhou. Filho de agricultor, vivia de adversidade… Certo dia, com a falta de perspectiva, esculpiu um tatu! Deu tão certo que não parou mais. Além da fauna, passou a retratar a cultura do curtume, do nordestino, da falta d’água, das historias que viu e viveu na infância. Seguia criando para driblar o aperto e a dificuldade em vender. Até que sua esposa, Simone, iniciou sua produção artística há 12 anos. Com alguns golpes de facão, ela cria peças extraordinárias junto com o marido. No ateliê simples, em um sítio que é uma galeria à céu aberto, eles trabalham à sombra de um pé de caju, apenas com reaproveitamento de árvores já mortas. Umburana e jaqueira. Hoje em dia, Luiz Benício e Simone Souza são artistas premiados e tem suas obras em mais de 34 países. Ele são representantes fieis do artesanato em traços de madeira do Sertão Central. 🧡

na foto, o rosto G é o que está no meio.